google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Preconceito contra dependentes por jogo compulsivo ainda é um bloqueio no tratamento

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Preconceito contra dependentes por jogo compulsivo ainda é um bloqueio no tratamento

A compulsão por jogos é semelhante a outros vícios como alcoolismo, tabagismo e outras drogas em geral. Além de estimular as mesmas áreas cerebrais, o comportamento também é bem semelhante a um consumo compulsivo impulsivo. O ponto em comum entre eles é o comportamento repetitivo na prática de uma atividade. A única diferença é que não há o consumo de uma substância.


Todos os jogos que envolvam apostas e aleatoriedade são passíveis de compulsão. No site dos Jogadores Anônimos PRO-AMJO (Programa Ambulatorial do Jogo) existem 20 perguntas que ajudam o jogador descobrir se o comportamento dele é compulsivo. As perguntas procuram saber se o jogador já mentiu, perdeu horas de trabalho, está com problemas familiares por causa do jogo, por exemplo. Caso responda ‘sim’ a cinco ou mais perguntas, é importante procurar ajuda.


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Nos fundos de uma igreja na Vila Prudente, zona leste de São Paulo, há uma pequena sala com cadeiras encostadas nas paredes, uma lousa e banner pendurados por todos os cantos. Numa mesa, uma placa diz: "Só por hoje, não vou fazer a primeira aposta", introduzindo um dos grandes mantras das reuniões dos Jogadores Anônimos. Lá, deixa-se claro que não é possível resolver tudo de uma vez e que cada dia sem jogar é uma vitória.

Ao notar que precisa de tratamento, o jogador pode optar por alguns caminhos, que vão desde consultas com psiquiatras, tratamento psicológico ou a reuniões de jogadores anônimos.

E os jogos podem ser variados: jogos de cartas, bingos, máquinas de caça-níqueis, loteria e até bolsa de valores, ou seja, tudo o que envolve apostas e aleatoriedade.

"Muitos acham que é 'sem-vergonhice', mas é uma doença", ouve-se de um dos jogadores durante a reunião. Com razão: diferentemente do vício em algumas drogas, o jogo é visto como um desvio moral, principalmente pela questão financeira, já que o jogador compulsivo geralmente perde muito dinheiro com a prática. O que poucos sabem é que, sim, é uma patologia, e atinge de 1% a 2% da população brasileira e que a prevalência do transtorno é diretamente proporcional à disponibilidade de jogos.

Geralmente, ao chegar nas reuniões, os membros já passaram por grandes perdas por conta do jogo. Uns, perderam empresas, dinheiro que iria para a compra de um imóvel ou outro bem. Outros, afastaram membros familiares, ou chegaram muito perto disso. 

"Ele não me deixou por causa do jogo, ele me deixou por causa da pessoa que eu me tornava quando jogava"; "Minha mulher chegou a falar 'ou a máquina de caça-níquel ou eu'"; e "Fui demitido por causa do jogo" são algumas das frases ditas durante as duas horas do encontro.

Diagnóstico do Jogo Patológico

As pessoas que apresentam jogo patológico devem preencher pelo menos cinco dos dez critérios abaixo.

1.
A vida está centrada no jogo, pensa muito em jogar, passa boa parte do tempo planejando a próxima vez que vai jogar ou fica se lembrando de experiências passadas com o jogo.

2. A necessidade de apostar aumenta com o tempo. Percebe que precisa apostar cada vez mais em quantidade e em freqüência para ter a mesma sensação de prazer que obtinha anteriormente.

3. Tem repetidas tentativas frustradas de parar de jogar. Por exemplo, Diz que nunca mais vai jogar e no dia seguinte está jogando novamente.

4.
Quando tenta para ou diminuir o comportamento de jogo apresenta manifestações de cansaço, irritabilidade ou até mesmo sintomas físicos como insônia dor de cabeça.

5. Usa o jogar como forma de fugir de problemas e de ter alivio de sentimentos desconfortáveis como tristeza raiva e ansiedade.

6.
Após perda financeira, volta a jogar com a justificativa de tentar recuperar o dinheiro perdido.

7.
Necessita mentir para a família, terapeuta ou outros para esconder o real envolvimento com o jogo.

8.
Chega a cometer atos ilegais como passar cheques sem fundo, roubar ou fraudar para financiar o jogo .

9.
Colocou em risco ou teve comprometimento de, relação importante, trabalho , oportunidade profissional ou de estudo em função do comportamento de jogar. 


10. Necessita de ajuda de outros para pagar dívidas ou situação financeira desesperadora.
 
Aqui estão os Passos que formam o Programa de Recuperação:


PASSO 1
Admitimos que éramos impotentes perante o jogo – que nossas vidas haviam se tornado ingovernáveis.

PASSO 2

Passamos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia trazer-nos de volta a um modo normal de pensar e viver.

PASSO 3

Tomamos a decisão de entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados deste Poder de nosso entendimento.

PASSO 4

Fizemos um minucioso e destemido inventário moral e financeiro de nós mesmos.

PASSO 5

Admitimos a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata de nossas falhas.

PASSO 6

Ficamos inteiramente dispostos a ter esses defeitos de caráter removidos.

PASSO 7

Humildemente pedimos ao Deus (de nosso entendimento) que removesse as nossas imperfeições.

PASSO 8

Fizemos uma lista de todas as pessoas a quem prejudicamos e nos tornamos dispostos a fazer reparações a todos pelo mal causado.

PASSO 9
Reparamos os danos causados diretamente a essas pessoas sempre que possível, exceto quando a reparação implicasse em prejudicá-las ou a outras.

PASSO 10

Continuamos a fazer um inventário pessoal e quando estávamos errados, prontamente o admitimos.

PASSO 11
Procuramos através da oração e meditação melhorar nosso contato consciente com Deus como O entendíamos, pedindo somente pelo conhecimento de Sua vontade perante a nós e a capacidade de realizá-la.

PASSO 12

Tendo feito um esforço para praticar estes princípios em todas as nossas questões, procuramos levar esta mensagem a outros jogadores compulsivos.


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