google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Saiba o risco do colesterol total alto ou baixo demais

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Saiba o risco do colesterol total alto ou baixo demais

Existem diferentes tipos de colesterol em nosso organismo. Saber como aumentam e qual o colesterol bom e ruim é essencial para uma vida saudável.

O termo “colesterol total” é usado para representar a soma de todas as formas de colesterol encontradas no sangue.

Denomina-se hipercolesterolemia (também chamado de dislipidemia ou colesterol total alto) a presença de níveis elevados de colesterol no sangue. É uma forma de “hiperlipidemia” (níveis elevados de lípidos no sangue) e “hiperlipoproteinemia” (níveis elevados de lipoproteínas no sangue).


Por outro lado, hipocolesterolemia (também chamado de colesterol total baixo)
é o termo utilizado para a presença de níveis anormalmente baixos de colesterol no sangue. Embora a presença de colesterol total alto se correlaciona à doença cardiovascular, um defeito na produção do corpo de colesterol pode levar a consequências adversas também.

Esse artigo irá tratar a respeito dos níveis de colesterol no sangue, apontando as causas, sintomas e o impacto de alimentos e da dieta como um todo.

O colesterol
O colesterol é um esterol, sendo uma das três principais classes de lipídios que as células animais utilizam para construir as suas membranas e são, portanto, produzidos por todas as células animais. As células vegetais não fabricam colesterol. É também o precursor dos hormônios esteroides, ácidos biliares e vitamina D.

O colesterol é insolúvel em água e é transportado no plasma sanguíneo nas partículas de proteína (lipoproteínas). As lipoproteínas são classificadas pela sua densidade: lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteínas de densidade intermédiaria (IDL), e lipoproteínas de alta densidade (HDL).

Todas as lipoproteínas carregam o colesterol, mas níveis elevados de colesterol, exceto para lipoproteínas HDL e em particular o colesterol LDL, estão associados com um aumento do risco de aterosclerose e doença cardíaca coronária. Em contraste, os níveis mais elevados de colesterol HDL são protetores.
 
Sinais e sintomas do colesterol total alto
Apesar do colesterol total alto ser assintomático, a elevação de longa data pode levar à aterosclerose. Durante um período de décadas, o colesterol elevado crônico contribui para a formação de placas nas artérias. Isto pode levar à estenose progressiva (estreitamento) ou mesmo completa oclusão (bloqueio) das artérias. Alternativamente, placas menores podem se romper e causar um coágulo, obstruindo o fluxo de sangue.

A oclusão súbita de uma artéria coronária pode resultar em infarto do miocárdio ou ataque cardíaco. Uma oclusão de uma artéria que fornece sangue ao cérebro pode causar um acidente vascular cerebral. Junto com o desenvolvimento da estenose ou oclusão, há um decréscimo gradual no fornecimento de sangue para os tecidos e órgãos, até que a função do órgão torna-se prejudicada.

Neste ponto que a isquemia tecidual (restrição no fornecimento de sangue) pode se manifestar como sintomas específicos. Por exemplo, isquemia temporária do cérebro (comumente referida como um ataque isquêmico transitório) pode se manifestar com a perda temporária da visão, a tontura, a perda de equilíbrio, a afasia (dificuldade em falar), a paresia (fraqueza) e a parestesia (dormência ou formigamento), geralmente de um lado do corpo. O fornecimento insuficiente de sangue para o coração pode se manifestar com dor no peito, e a isquemia do olho pode se manifestar com perda visual transitória de um olho. O fornecimento insuficiente de sangue para as pernas pode se manifestar com dor na panturrilha ao caminhar, enquanto no intestino pode apresentar dor abdominal depois de comer uma refeição.

Alguns tipos de colesterol total alto levam a resultados físicos específicos. Por exemplo, a hipercolesterolemia familiar pode ser associada com xantelasma palpebral (manchas amareladas debaixo da pele em torno das pálpebras), arco senil (descoloração cinzenta ou branca na periferia da córnea), e xantoma (acúmulo de colesterol) dos tendões, especialmente dos dedos. Outros tipos podem ser associados com xantoma das palmas das mãos, cotovelos e joelhos.
 
Causas do colesterol total alto
A hipercolesterolemia tem como causas uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Os fatores ambientais incluem a obesidade e a dieta (os alimentos escolhidos para consumo). As contribuições genéticas devem-se normalmente devido aos efeitos de alguns genes, embora possa ter como causa um defeito genético, tal como no caso da hipercolesterolemia familiar.

Existem várias causas secundárias: diabetes tipo 2, álcool, gamopatia monoclonal, diálise, síndrome nefrótica, hipotireoidismo, síndrome de Cushing, a anorexia nervosa, medicamentos (diuréticos, ciclosporina, glucocorticóides, betabloqueadores, ácido retinoico).

– Dieta
A dieta tem um efeito importante sobre o colesterol no sangue, mas a intensidade do efeito varia consideravelmente entre indivíduos. Cerca de 50% do colesterol é absorvido no intestino, mas variações interindividuais na eficiência de absorção, e o efeito de outros componentes alimentares, tais como esteróis de plantas e teor de fibras, afetam a absorção. Além disso, quando a ingestão de colesterol diminui, a produção (principalmente pelo fígado) costuma aumentar, embora nem sempre com a compensação completa, de modo que reduções de colesterol no sangue podem ser modestas.

As reduções na ingestão de gorduras (gorduras saturadas particularmente) também reduzem o colesterol no sangue. Os dietéticos de sacarose e frutose também podem elevar os níveis de colesterol LDL no sangue. É recomendado que as pessoas com colesterol total alto de causa familiar consumam um valor inferior a 200 mg de colesterol por dia e a ingestão de cerca de 10 a 20 g de fibras solúveis por dia. Mudanças na dieta normalmente alcançam reduções de 10 a 15% nos níveis de colesterol no sangue.

Manter um peso corporal saudável através do aumento da atividade física e ingestão calórica adequada também é importante. Indivíduos com sobrepeso ou obesidade podem reduzir o colesterol no sangue com a perda de peso.

– Genética

As anomalias genéticas são, em alguns casos, completamente responsáveis pelo colesterol total alto, tal como na hipercolesterolemia familiar, onde existe uma ou mais mutações genéticas. Mesmo quando não há uma única mutação responsável, a predisposição genética desempenha ainda um papel principal em combinação com o estilo de vida sedentário, obesidade e dietas não saudáveis. 


Diagnóstico do colesterol total alto
O colesterol é medido em miligramas por decilitro (mg / dl) geralmente. No Reino Unido, no Canadá e na maioria dos países europeus, millimoles por litro de sangue (mmol / l) é a medida adotada.

Alguns órgãos classificam o colesterol total inferior a 200 mg / dl como “desejável”, 200 a 239 mg / dl como “limite alto”, e 240 mg / dl ou mais como “elevado”. A avaliação absoltua entre os níveis normais e anormais de colesterol deve ser feita em relação a outras condições de saúde e fatores de risco.

Níveis mais altos de colesterol total aumentam o risco de doença cardiovascular, particularmente a doença cardíaca coronária (principalmente os níveis colesterol não-HDL). 


Tratamento para o colesterol total alto

Essa seção mostrará alguns pontos chave para o tratamento do colesterol total alto.

– Estilo de vida

As mudanças de estilo de vida recomendadas para aqueles com colesterol total alto são abandonar o tabagismo, limitar o consumo de álcool, aumentar a atividade física e manter um peso saudável. Uma dieta que enfatiza alimentos de baixo colesterol, restringe as gorduras saturadas, e evita gordura trans também é recomendada. O aconselhamento em relação à dieta pode fornecer uma modesta redução nos níveis de colesterol, que pode ser suficiente para o tratamento de colesterol moderadamente elevado.

– Medicamentos
As estatinas são comumente utilizadas para tratar o colesterol total alto, se a dieta é ineficaz. Outros agentes que podem ser utilizados incluem: os fibratos, ácido nicotínico, e colestiramina. Estes, no entanto, são apenas recomendados se estatinas não são toleradas ou em mulheres grávidas.

As estatinas podem reduzir o colesterol total em cerca de 50% na maioria das pessoas. Os efeitos parecem semelhantes, independentemente da estatina utilizada. Embora as estatinas sejam eficazes na diminuição da mortalidade em pessoas que tiveram doença cardiovascular anterior, ainda existe debate sobre serem ou não serem eficazes em pessoas com colesterol total alto, sem outros problemas de saúde.

Alguns estudos não encontraram um benefício da mortalidade em pessoas com alto risco, mas sem doença cardiovascular prévia. Outros estudos afirmaram que existe um benefício em relação à mortalidade, mas preocupações em relação a esses resultados ainda persistem.

– Medicina alternativa

De acordo com uma pesquisa, a medicina alternativa foi utilizada na tentativa de tratar o colesterol em 1,1% dos adultos norte-americanos. Consistente com estudos anteriores, a maioria dos indivíduos (55%) utilizou-a em conjunto com a medicina convencional. Foram relatados uma redução de LDL-colesterol de, em média, 9%.

Em 2000, a Food and Drug Administration (agência americada similar à ANVISA no Brasil) aprovou a rotulagem de alimentos que contenham quantidades específicas de ésteres de fitoesterol ou ésteres de fitoestanol como alimentos que reduzem o colesterol. Alguns pesquisadores, no entanto, estão preocupados com a suplementação da dieta com ésteres de fitoesterois e chamam a atenção para a falta de dados de longo prazo. 


Alguns alimentos para controlar os níveis de colesterol

Esta seção irá citar alguns grupos de alimentos a serem incluídos na dieta e que podem ajudar a regularizar níveis de colesterol. 



Alimentos com alto teor de fibras
Aveia contém fibras solúveis, o que reduz as lipoproteínas de baixa densidade (LDL), o “mau” colesterol. A fibra solúvel também é encontrada em alimentos como feijão, maçãs, peras, ameixas e cevada. A fibra solúvel pode reduzir a absorção de colesterol na corrente sanguínea. Cinco a 10 gramas ou mais de fibra solúvel por dia diminui o colesterol total e LDL. Comer uma meia xícaras de farinha de aveia cozida fornece 6 gramas de fibra. Se você adicionar frutas, como bananas, vai adicionar mais cerca de 4 gramas de fibra. 




– Peixes
Uma dieta com peixes pode ser boa para o coração por causa de seus altos níveis de ácidos graxos ômega 3, que podem reduzir a pressão arterial e o risco de desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Em pessoas que já tiveram ataques cardíacos, o óleo de peixe reduz o risco de morte súbita. Devem ser preferencialmente grelhados ou assados para evitar a adição de gorduras​​.

– Nozes, amêndoas e outros frutos secos
Nozes, amêndoas e outros frutos secos podem reduzir o colesterol no sangue. Ricas em ácidos graxos poli-insaturados, as nozes também ajudam a manter os vasos sanguíneos saudáveis​​. Comer cerca de 42,5 gramas por dia (de nozes, amêndoas, avelãs, amendoins, alguns pinhões, pistache, etc.) pode reduzir o risco de doença cardíaca. Evite aquelas versões salgadas.



– Azeite
O azeite de oliva contém uma potente mistura de antioxidantes que podem diminuir o LDL e deixar o HDL “intocado”. Cerca de 2 colheres de sopa (23 gramas) de azeite por dia é o ideal para obter os benefícios ​​para o coração. Para adicionar azeite à sua dieta, você pode refogar vegetais nele ou misturá-lo a uma salada, e por aí vai. Lembre-se que o azeite de oliva é calórico, mais um lembrete para não exagerar no consumo. Os efeitos de redução do colesterol de azeite são ainda maiores se você escolher a versão extra virgem, que significa que o óleo é menos processado e contém mais antioxidantes.
 
O colesterol total baixo
E quanto ao colesterol total baixo? Há uma grande confusão nas mentes de muitas pessoas sobre a questão do colesterol. Devido à poderosa propaganda dos fabricantes de medicamentos, a maioria das pessoas se preocupa apenas com o colesterol total alto. Todavia, não há tanta informação a respeito dos perigos de baixar demais o colesterol, especialmente daqueles casos resultantes do consumo de medicações.

Esta dedicação quase religiosa a diminuir os níveis de colesterol a qualquer custo tornou-se tão comum que várias pessoas conhecem alguém que tenta alcançar esse objetivo por si só. Vale lembrar que o colesterol é uma substância natural que é necessária e boa para o corpo, pois está presente em cada célula. O colesterol é o material básico usado pelo corpo para produzir hormônios essenciais, como o estrogênio, progesterona, testosterona e muitos outros, tanto em homens e mulheres. 

As causas e os riscos do colesterol total baixo
As causas mais comuns de baixo colesterol são os medicamentos para baixar o colesterol, por exemplo as estatinas, distúrbios hormonais como os da glândula tireoide hiperativa ou hipoatividade da glândula adrenal, desnutrição, doença hepática ou doença como o câncer. Quando os níveis de colesterol baixam muito, podem acontecer vários efeitos no corpo.

– Desordens mentais
Uma pesquisa canadense analisou os níveis de colesterol e o risco de suicídio. Os pesquisadores descobriram que, quanto menor o nível de colesterol no sangue de uma pessoa, maior era o risco da pessoa de cometer suicídio. Em 1999, uma pesquisa na Coreia do Sul revelou que pacientes deprimidos com o nível de colesterol total baixo eram mais propensos a cometer suicídio.

Baixos níveis de colesterol parecem estar ligados ao aumento da depressão e ansiedade em homens e mulheres. Outra pesquisa revelou uma ligação entre o baixo colesterol e comportamento agressivo e impulsivo. Também podem aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer, perda de memória, e doença de Parkinson.

Outros perigos do colesterol total baixo incluem danos ao fígado, má resposta a certos medicamentos, incapacidade de absorver e utilizar algumas vitaminas, osteoporose e problemas de visão. Hemorragia no cérebro também está ligada aos baixos níveis de colesterol. Um estudo revelou que os homens com níveis de colesterol total abaixo de 3,9 mmol / l (150 mg / dl) tinham quatro vezes mais risco de acidente vascular cerebral em comparação com os homens com níveis de colesterol acima de 4,9 mmol / l (190 mg / dl).

– Distúrbios hormonais

Os hormônios são substâncias potentes e importantes produzidas por várias glândulas no organismo. Os hormônios produzidos pelas glândulas suprarrenais, dos testículos e dos ovários são todos feitos a partir do colesterol. Quando o colesterol não está em níveis suficientes para a produção destas substâncias, muitos problemas ocorram.

Desequilíbrios hormonais pré-existentes, como comumente ocorre com a menopausa, andropausa, síndrome pré-menstrual, disfunção adrenal e distúrbios de estresse crônico, pioram. Novos distúrbios hormonais como problemas de infertilidade também irão surgir com o colesterol total baixo. Hiperatividade da glândula tireóide é uma causa de baixos níveis de colesterol, e a baixa função da tireóide pode ser a causa subjacente para a elevação dos níveis de colesterol.

– Vitamina D

A vitamina D é essencial para a saúde e é realmente um hormônio esteroide, não uma vitamina. Ele é criado quando os raios ultravioletas do sol transformam colesterol nas células epidérmicas da pele em vitamina D3.

Um nível de colesterol total baixo no corpo pode comprometer a sua capacidade de produzir vitamina D. Esta vitamina é essencial para a circulação, a pressão arterial e controle de açúcar no sangue, a saúde óssea e articulações, sistema imunológico, o risco de câncer, o equilíbrio hormonal e saúde reprodutiva e mental. O colesterol total baixo, portanto, pode causar danos em todas estas áreas. Além disso, a luz do sol converte colesterol normal para uma forma especial chamada sulfato de colesterol. Esta é uma forma particularmente saudável de colesterol.

– Mortalidade
Um estudo concluiu que o colesterol total baixo está associado a um aumento da mortalidade, especialmente nos idosos. Embora muitas vezes prescritos, deve haver grande cuidado na prescrição medicamentos para baixar o colesterol em pessoas idosas. A mensagem subjacente é: níveis mais baixos não são necessariamente melhores. Se o colesterol está elevado, o ideal é encontrar a causa e corrigi-la. As drogas devem vir como uma opção somente nos casos em que não há redução do colesterol total alto através das medidas padrões saudáveis.
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