google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: A morte é um fato irrevogável, como entender e minimizar a dor do luto

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A morte é um fato irrevogável, como entender e minimizar a dor do luto

Esse é um tema dos mais evitados pelas pessoas, pois existe uma grande dificuldade em lidar com a condição finita. O processo de luto é necessário e fundamental quando acontece qualquer perda significativa e existe também o luto antecipatório que acontece a partir do diagnostico de uma doença.

Após toda perda inicia-se o luto com a tendência de querer ter controle da morte e assim nos deparamos com o descontrole da nossa vida.

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Morte é o processo biológico mais marcante pelo qual passamos, causa sentimentos ambivalentes e é uma experiência única para cada indivíduo.

Aceitar a morte não é fácil, pois se trata de uma jornada relacionada ao desapego e nessa caminhada estão presentes também os sentimentos de alívio, raiva, culpa, dor aguda e ansiedade que são expressadas, no ato de chorar. Muitas vezes o enlutado sente a necessidade de voltar ao local do objeto perdido para se auto afirmar, culpa-se a si próprio, culpa-se ao médico e tende a viver em busca de explicações. 

Existem cinco estágios no processo de luto: 
Negação: Em que a pessoa evita entrar em contato com o problema (Negar a perda oferece uma zona de conforto);· 
Raiva: Em que a pessoa sente revolta e não se conforma por estar passando pela situação; 
Barganha: Em que começa uma negociação consigo próprio e a pessoa passa a fazer planos de mudança de hábitos; 
Depressão: Em que a pessoa se fecha e se isola em seu mundo interno; 
Aceitação: Em que a realidade passa a ser enfrentada .

Não necessariamente o enlutado irá passar pelos cinco estágios, alguns ficam estagnados em uma das fases.

É comum ouvir relatos em consultório de que o enlutado sonha com aquele que morreu ou com o emprego que perdeu, com o relacionamento que terminou, muitas vezes escuta a voz da pessoa perdida, tem a sensação da presença (O que é reconfortante até que a realidade se faça presente e seja substituída pela dor e frustração). Muitos enlutados, mantém por um tempo os hábitos cotidianos que se tinha antes com a pessoa que perdeu e esse movimento vai se modificando na medida em que o apego vai sendo trabalhado. A significação da morte vai mudando de acordo com o amadurecimento emocional de cada um.

Muitas pessoas tem a fé fortalecida após uma perda significativa, pois o enlutado percebe que precisa enfrentar a inevitabilidade de continuar sua vida sem o outro . Com o sofrimento a pessoa passa a buscar por novos sentidos e se reorganizar em seu cotidiano.

Na nossa sociedade a morte é assimilada como um fracasso (É o monstro que absorve a criança, sugando-a novamente depois de tê-la feito nascer, vive-se a espera -Cf. Jung, 1997 p. 104). Mas a morte nos leva a uma nova forma de existência, um processo de mudança em que faz emergir um lado novo da pessoa que sofreu a perda, um lado que até então ela desconhecia e muitas vezes o novo surpreende, pois a pessoa pode vir a ter uma postura forte e determinada perante a vida e com esperança. 

Através da morte existe um conceito de individuação e ampliação de consciência, além de emergir também questões existenciais como: De onde viemos? Para onde vamos? Porque precisamos morrer?

Com crianças devemos falar sobre morte de uma maneira simples e natural, sem enganá-las ou fantasiar como por exemplo, dizendo que quem morreu "virou estrelinha" ou "que desapareceu", pois fobias podem ser geradas a partir de uma explicação não fundamentada.

As crianças normalmente iniciam seu contato com a questão da morte, por exemplo, quando ocorre o fim da vida de um animal de estimação, ou na aprendizagem sobre o ciclo da flor que floresce, murcha e morre.

Entre 3 e 5 aos a criança acha que a morte é temporária e reversível. Dos 6 aos 9 anos a criança começa a perceber a morte como permanente e nessa idade a morte pode passar a ser representada também como um monstro, um fantasma, provocando medo,angustia e terrores noturnos. A partir dos 10 anos a morte é vista como parte do ciclo da vida e ato final.

É importante dar espaço para a criança expressar os seus sentimentos e podemos ajudá-la a lidar com o que sente através da partilha de choro, abraços, amor e conversas, pois assim a criança percebe, que pode ser apoiada, receber ajuda e superar até as coisas mais tristes na vida. É válido inclusive, pedir que a criança desenhe o que ela está sentindo.

A criança precisa saber que nunca estará sozinha e também devemos explicar a ela que a morte do ente querido não tem haver com os nossos sentimentos, caso a criança manifeste o sentimento de culpa.

As crianças podem participar do velório ou enterro, mas não devem ser forçadas a isso. Os rituais de velório são importantes para que as pessoas vivenciem melhor a despedida. Nossa psique precisa da concretude do fim expresso no corpo estático.

O velório e enterro não traumatizam a criança, o que traumatiza são as atitudes dos adultos, por isso é preciso que os pais e cuidadores elaborem bem os seus próprios conceitos sobre a morte e admitam os seus sentimentos para assim poderem responder melhor as necessidades da criança.

A visão sombria da morte é apreendida culturalmente. No ocidente predomina o medo da morte de tal modo que ela é simbolizada por um carrasco vestido de negro e segurando uma foice. No oriente a morte é considerada como possibilidade de transformação e purificação.

A psicoterapia tem o objetivo de auxiliar o enlutado a se replanejar perante a vida, fazer resignificações, além de acolher e ajudar na restauração da auto confiança.

Vida e morte estão ligadas de forma intrínseca e quanto mais refletimos sobre a morte mais valorizamos a vida.

Onde estão os mortos?
Em poucas palavras, a Bíblia diz que os mortos estão na sepultura, esperando ser ressuscitados. (João 5:28, 29) Eles não estão sofrendo nem sentindo dor, porque “os mortos não sabem absolutamente nada”. (Eclesiastes 9:5) Jesus disse que, quando morremos, é como se estivéssemos num sono bem profundo. (João 11:11-14) Assim, não temos por que ter medo dos mortos nem precisamos tentar agradá-los por fazer ofertas a eles. Eles não podem nos ajudar nem fazer mal para nós, porque “não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria na Sepultura”. (Eclesiastes 9:10) Mas, por meio da ressurreição, Deus vai acabar com a morte para sempre. — 1 Coríntios 15:26,55; Apocalipse 21:4.

Curiosidade sobre a morte que muitos não sabem

Velório no Islamismo
Não existe luto e muito menos velório no islamismo. O corpo é exibido em público por um curto período de tempo – o suficiente para que o imã (líder religioso) local conduza uma prece – e logo sepultado.

Sepultamento Muçulmano
Os muçulmanos são normalmente enterrados sem caixão. O corpo é envolto em três peças de roupa (dois para as mulheres) e sepultado com a cabeça virada para Meca.

Sepultamento Judeu
Assim como os muçulmanos, os judeus costumam sepultar o falecido no mesmo dia da morte. O corpo é normalmente banhado antes do enterro. Homens banham homens e mulheres banham mulheres. Outro hábito comum entre os judeus é colocar uma pequena pedra em cada olho e na boca – nesse caso, para impedir o falecido de questionar a própria morte.

Os bebês judeus mortos antes do 30º dia sempre recebem um nome antes do sepultamento. Os meninos são circuncidados.
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