google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Felicidade no casamento é uma responsabilidade de ambos

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Felicidade no casamento é uma responsabilidade de ambos

Em todo casamento há três mundos diferentes que são o seu, o do parceiro e o do casal. Para alimentar a relação, ambos precisam estar dispostos a fazer a conciliação desses três mundos, o que é um grande desafio.


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Todo casamento tem potencial de favorecer o processo de individuação que é fundamental para o desenvolvimento humano, pois na psicologia analítica a individuação é o sentido da realização do si mesmo, porém individualidade é diferente de egoísmo. Ter autonomia dentro do relacionamento, preservar a individualidade e respeitar o espaço do parceiro é importante sim, mas caminhar junto é fundamental para a harmonia do casal.

Casamento também é flexibilidade e saber ceder, mas deve-se haver um cuidado em não exigir mudanças radicais do outro, pois cada um possui o seu limite e seus valores que precisam ser considerados sempre.

Um dos maiores inimigos num relacionamento é o controle, pois o controlador sempre exerce poder sobre o parceiro, mas onde há poder não há amor, um não cabe no mesmo espaço que ocupa o outro.

Num relacionamento tendemos a buscar no parceiro a compensação e completude de nós mesmos.

Quando não há consciência no relacionamento a respeito das nossas projeções, amamos a parte de nós mesmos que personificamos no outro, ou seja, amamos no parceiro características que nos são próprias.

Nós nascemos com as expectativas de nossos pais que normalmente estão relacionadas com a vida que eles gostariam de ter vivido e muitas vezes nos pegamos agindo como nossos pais e seguindo dentro da nossa vida conjugal o modelo que tínhamos em casa quando solteiros. Inclusive, a figura que temos de nossos pais nos infuenciam na escolha de nossos parceiros e as feridas que temos relacionadas à convivência com nossos pais também influenciam, pois nos fazem buscar um caminho oposto ao que é valorizado por eles.

É importante citar nesse texto que os casais precisam se conscientizar de que a mulher escolhida como parceira num relacionamento conjugal, não irá desempenhar um papel mágico de mãe e o homem também não vai ser um mestre ou herói salvador.

A união do casal começa com a paixão, porém essa esfria e quando isso acontece ambos começam a perceber os defeitos um do outro, as divergências, decepções e então surgem os problemas que somente tem solução quando o casal se coloca disposto a “encarar” sua própria sombra interior, reconhecer suas próprias imperfeições, sair da posição de vítima num casamento infeliz e assumir a sua parcela de responsabilidade para o sucesso ou insucesso da relação além de abrir mão da idealização ou desejo de viver uma vida de conto de fadas.

Quando há um conflito é fundamental que o casal tenha intimidade para se abrir e contar como se sente diante do obstáculo e saber ouvir e considerar os sentimentos do parceiro também, cultivar o hábito do diálogo e a percepção, o olhar para com o parceiro afim de, sentir as necessidades dele além de evitar transforma-lo em um devedor.

Silenciar diante de um problema para evitar o conflito não é saudável, pois a questão fica latente e pode vir à tona mais tarde de uma maneira destrutiva para ambos.

No consultório é comum nos depararmos com situações em que um dos parceiros se sente invadido com o comportamento dos familiares do cônjuge e nesse caso é fundamental que o casal dialogue de maneira respeitosa, deixando abertura para que seja exposto o quanto a interferência dos familiares está afetando a relação e incomodando o parceiro. Durante o diálogo o posicionamento muito “defendido” pode ser prejudicial, portanto desarmar-se diante do parceiro é sempre favorável para a conciliação.

A confiança deve ser á base de todo relacionamento assim como a criação de uma espécie de ”blindagem” em que os acordos combinados do casal sejam colocados em primeiro lugar. Nesse campo entram também assuntos relacionados a filhos, finanças, organização da casa, regras e todo tipo de decisão importante. Lembrar-se de sempre propor ao invés de impor é saudável assim como perceber as diversas maneiras em que o parceiro expressa seu amor que muitas vezes não é dito com palavras.

Antes de entrar num relacionamento a pessoa deve fazer um mergulho para dentro de si afim de, perceber como está a sua relação consigo próprio, como está sua autoestima, como é ficar sozinho, assim como perceber quanto comete de auto sabotagens e que lugar acredita que seja merecedor de ocupar na vida particular e dentro de uma vida conjugal, pois as relações destrutivas acontecem quando tratamos a nós mesmos de maneira destrutiva.

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