google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Transtorno Alimentar Compulsivo: como mudar a sua relação com a comida

quinta-feira, 8 de março de 2018

Transtorno Alimentar Compulsivo: como mudar a sua relação com a comida

O transtorno alimentar compulsivo (TCAP) ou compulsão alimentar, é um tipo um tanto comum de transtorno alimentar, apesar de ser grave, que afeta mulheres de meia-idade mais do que qualquer outro grupo. Tenha em mente que a compulsão alimentar, é diferente de outros distúrbios alimentares bem conhecidos como anorexia ou bulimia nervosa, embora tenha algumas coisas em comum com ambas.

Afinal, o que é compulsão alimentar, exatamente?

Neste artigo eu vou explicar o que é o transtorno alimentar compulsivo, seus sintomas, causas e o que fazer em relação ao problema.

Informações sobre o transtorno alimentar compulsivo tem evoluído ao longo das últimas décadas enquanto pesquisadores aprendem mais sobre o que faz o compulsivo comer, que leva à obesidade e sobre os comportamentos alimentares atípicos.

Hoje, esse distúrbio alimentar é definido pela National Eating Disorder Association, como compulsão alimentar recorrente sem o uso regular de comportamentos compensatórios, como vômitos, excesso de exercícios ou uso de laxantes.

Muitas pessoas que tiveram compulsão alimentar, descrevem o problema como um ciclo de fome fora de controle, muitas vezes essa vontade é de comer alimentos industrializados e processados (não-saudáveis); seguido por sentimentos de intensa vergonha e culpa, muitas vezes seguido por raiva, dieta intensa e restrição de calorias, e então o ciclo se repete.

Para muitas pessoas com transtorno de compulsão alimentar, comer de forma regrada e equilibrada é muito difícil. Porém os pensamentos sobre alimentos e peso corporal são quase constantes.

A pessoa vive se perguntando: eu como demais? Preciso fazer dieta? Quando devo comer novamente? O que devo comer em seguida? Por que não consigo parar de comer? Por que estou tão fora de controle em relação aos alimentos?

Pesquisas mostram que, muitas vezes, as pessoas com transtornos alimentares tendem a exibir mais de um tipo de comportamento alimentar atípico, além de sintomas de depressão e ansiedade.

Por exemplo, é comum que pessoas com todos os tipos de transtornos alimentares se envolvam em comportamentos como comer demais, fazer dieta, exagerar nos exercícios físicos, tomar laxantes ou pílulas dietéticas de tempos em tempos.

Na verdade, dieta, obsessão em relação ao peso, visualização de certos alimentos como proibidos são todos comportamentos que aumentam as chances em desenvolver compulsão alimentar.

Transtorno Alimentar Compulsivo: Pode ser causado por depressão. Como outros transtornos alimentares, a causa para o Transtorno Alimentar Compulsivo, não é inteiramente compreendido. Pesquisadores acreditam que ela seja causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e de estilo de vida.

Os seguintes fatores desempenham um papel na formação da doença:
Causas genéticas e biológicas: Os genes desempenham um papel importante nos transtornos alimentares. A genética torna mais provável que algumas pessoas lutem contra o ganho de peso, e achem difícil controlar o excesso de comida ao longo de suas vidas, embora os genes sozinhos não tornem alguém acima do peso ou causem compulsão alimentar.

Especialistas deixam claro que, embora possa ser mais provável que o Transtorno Alimentar Compulsivo , possa afetar as pessoas que têm histórias familiares de transtornos alimentares e obesidade; a genética em combinação com problemas físicos e emocionais é o que leva o indivíduo à pensamentos destrutivos e decisões sobre alimentos que definem o transtorno.

Depressão e Ansiedade: Estudos mostram que a incidência de depressão e ansiedade, é muito alta entre as pessoas com compulsão alimentar. Trata-se de um ciclo vicioso: a compulsão alimentar contribui para causar a ansiedade, e então a ansiedade faz com que seja mais difícil você se livrar do transtorno.

Ansiedade, depressão, abuso de álcool e drogas podem contribuir para padrões negativos de pensamentos que levam desencadeiam a baixa autoestima, sentimentos de culpa, vergonha e desesperança; o que mantém alguém preso em um transtorno alimentar.

Preocupação com o Peso: Muitas pessoas com Transtorno Alimentar Compulsivo, se sentem pressionadas para perder peso e entrar dentro do “padrão de beleza” imposto pela sociedade e pelos meios de comunicação.

Sentir frustração e discriminação devido ao peso, obesidade infantil, bullying e alterações significativas de peso são todos fatores de risco para o TCAP.

Dieta Restritivas: De acordo com a pesquisa sobre estatísticas de transtornos alimentares, aproximadamente um em cada cinco adultos obesos luta contra o Transtorno Alimentar Compulsivo.

A maioria dos indivíduos obesos estão plenamente conscientes do seu problema e tentam perder peso e controlar a sua alimentação através de dietas, muitas vezes restritivas, que pode desencadear um sentimento ainda maior de fome e frustração..

Para as pessoas que sofrem com esse distúrbio alimentar, seguir uma dieta restritiva para perda de peso a longo prazo pode ser difícil, e muitos passam por ciclos de perder e ganhar peso.

Trauma da infância: É uma incidência comum em pessoas com transtornos alimentares, incluindo compulsão alimentar, ter experimentado infâncias difíceis. Muitas delas relatam que a comida se tornou um conforto na juventude, um hábito difícil de quebrar na idade adulta.

Pare um momento para refletir, você se encaixa em uma ou mais destas causas de transtornos alimentares? A comida se tornou um refúgio para os problemas e ansiedades? Quando foi que você perdeu o controle em relação a sua alimentação?

Sintomas Transtorno Alimentar Compulsivo

Os sintomas e comportamentos associados à compulsão alimentar permitem os profissionais da saúde façam o diagnóstico e separem o TCAP de outros transtornos alimentares. Atualmente, os critérios oficiais para o diagnóstico do Transtorno Alimentar Compulsivo incluem:
Perda de controle sobre a quantidade de comida consumida;
Perturbação emocional em episódios de compulsão;
A compulsão corre pelo menos uma vez por semana, durante três meses seguidos.

TRÊS ou mais dos seguintes sinais e sintomas devem estar presentes para que o TCAP seja diagnosticado:
Comer mais rapidamente do que o comum;
Comer até sentir desconforto e estufamento constantemente;
Comer grandes quantidades de alimentos sem estar com fome;
Comer sozinho por estar envergonhado da quantidade de comida ingerida;
Sentir-se enojado consigo mesmo, deprimido, ansioso ou muito culpado depois de comer demais;
Guardar alimentos para consumir em segredo;
Experimentar sentimentos de estresse ou ansiedade que só podem ser aliviados comendo;
Sentimentos de dormência enquanto come compulsivamente;
Não se sentir saciado mesmo após comer;

Além dos comportamentos descritos acima, muitas pessoas com Transtorno Alimentar Compulsivo experimentam sintomas físicos, emocionais e sociais relacionados à sua alimentação, incluindo:
Maior risco de obesidade;
Maior risco de doença cardíaca, diabetes e hipertensão;
Aumento da ansiedade, depressão e irritabilidade;
Problemas para dormir e insônia;
Doença da vesícula biliar;
Dores musculares e articulares;
Problemas digestivos.

Preste atenção aos sinais e sintomas.
Tratamento 

Transtorno Alimentar Compulsivo: Busque Ajuda De Pessoas De Confiança: (Divulgação)Você sofre com o Transtorno Alimentar Compulsivo, ou gostaria de mudar a relação com a comida? 

Algumas atitudes podem ajudar.

1. Procure Terapia e Ajuda Profissional

Várias formas de terapias profissionais são úteis para ajudar as pessoas que lutam contra a compulsão alimentar.

Estes incluem terapia em família e terapia cognitivo-comportamental (TCC). Esse tipo de terapia é considerada por muitos especialistas como a melhor abordagem para tratar, e gerenciar distúrbios alimentares, isso porque aborda os padrões de pensamento subjacentes e as crenças que conduzem comportamentos compulsivos, vergonha e ansiedade.

Estudos realizados pelos Centros de Transtornos Alimentares em Sheppard Pratt, descobriram que a TCC é eficaz quando feita em três fases: cognitiva (endereçamento de pensamentos subjacentes), comportamental (estabilização de comportamentos alimentares) e manutenção/ recaída-prevenção (estabelece estratégias de longo prazo para lidar com estresse, compulsões e gatilhos).

2. Mude a Abordagem em Relação ao seu Peso

Como a dieta e a vontade obsessiva de perder peso são considerados fatores de risco para a compulsão alimentar, a maioria dos especialistas recomendam que você mude toda a sua abordagem para gerenciar seu peso.

Embora seja fundamental cuidar bem de si mesmo, comer alimentos saudáveis e mover-se na direção de alcançar e manter um peso saudável, colocar todo o seu foco na perda de peso e contar obsessivamente as calorias podem realmente contribuir para aumentar a sua ansiedade em relação aos alimentos.

Isso aumenta as probabilidades em desenvolver essa doença, e que você consuma alimentos ruins (industrializados, processados e açucarados).

Orientação médica pode te ajudar a estabelecer um plano de alimentação realmente possível de ser feito a longo prazo. 

Não uma dieta, e sim reeducação alimentar.

Comer por razões emocionais, em certas ocasiões, pode acontecer, porém, não pode se tornar um hábitos e nem que a comida se torne uma válvula de escape do mundo e fonte de conforto.

O ideal é que você desenvolva uma forma de comer intuitiva para reconhecer quando a sua fome é física ou emocional.

3. Reduza o estresse

O Transtorno Alimentar Compulsivo é um comportamento compulsivo ligado à incapacidade de lidar com sentimentos difíceis, situações difíceis e pensamentos difíceis. O estresse pode muitas vezes desencadear a necessidade de consolo, e como todos sabemos, “conforto alimentar” é algo acessível e amplamente usado.

Aprender a gerenciar situações estressantes ou emoções difíceis sem recorrer a alimentos pode ser difícil, principalmente esse é um comportamento muito arraigado no comportamento da pessoa. Pode ser difícil, mas é essencial para a recuperação de qualquer transtorno alimentar, incluindo compulsão alimentar.

Uma das melhores coisas que você pode fazer para aumentar suas chances de recuperação a longo prazo é estabelecer e praticar várias outras maneiras para se acalmar e aliviar o stress durante os momentos difíceis, sem recorrer à comida.

Diferentes coisas funcionam para diferentes pessoas, mas estudos mostram que técnicas eficazes para reduzir o estresse incluem a prática de exercício regular, meditação e ioga, ouvir música, passar tempo com outras pessoas, ler e escrever, estar ao ar livre na natureza e manter hobbies divertidos.

4. Tente Meditação e Yoga

Meditação, respiração profunda e yoga podem ser usados como ferramentas contínuas para relaxar, refletir sobre sentimentos difíceis, aumentar a criatividade, sentir mais felicidade e gratidão, e até mesmo melhorar seu sono.

De acordo com o Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa, a meditação, oração e ioga aprendida através de programas guiados de seis a oito semanas pode reduzir a compulsão alimentar, melhorar a autoestima e até mesmo melhorar muitos aspectos da saúde relacionados à obesidade, incluindo a pressão arterial, níveis de colesterol, açúcar no sangue e cortisol.

Estudos têm demonstrado que a meditação reduz a atividade no sistema nervoso simpático (responsável pela resposta de luta ou fuga e ansiedade) e aumenta a atividade no sistema nervoso parassimpático (responsável pelo controle emocional, sentimentos de tomada de decisão calma e clara).

Um estudo descobriu que as mulheres que fizeram um curso de seis semanas de meditação e yoga reduziram os casos de compulsão alimentar e outros sintomas relacionados ao comportamento compulsivo, como estresse e depressão.

Yoga e respiração profunda também podem melhorar a visão que você tem do seu corpo, pois aumentam os sentimentos de apreciação e gratidão.

5. Busque Ajuda

Ter a ajuda de outras pessoas, especialmente familiares e amigos próximos, é essencial para superar os transtornos alimentares. Afinal, um dos maiores fatores motivadores para procurar ajuda e trabalhar através da recuperação é querer ter relações mais íntimas e mais honestas com os outros.

É certamente difícil de admitir que você está lutando contra a compulsão alimentar, mas pesquisas mostram que ser honesto sobre o assunto e se conectar com pessoas que estão passando pelo mesmo problema, pode fazer toda a diferença.

Você pode começar a procurar apoio dizendo contando para alguém sobre a sua compulsão alimentar, pesquisando sobre a condição e participando de um grupo on-line. 

Distinguir a diferença entre comer demais e a compulsão alimentar pode ser difícil.

Esses termos têm sido usados por décadas para descrever os comportamentos das pessoas que comem grandes quantidades de alimento e anormalmente. Mesmo assim, a compulsão alimentar é diferente de comer demais.

A maioria das pessoas que dizem “comer normalmente” comem por razões emocionais (não porque estão com fome) de vez em quando. Isso pode acontecer em ocasiões especificas, quando você vai jantar fora com amigos, em situações sociais, em feriados ou durante as férias.

Algumas pessoas também comem em excesso, mesmo quando eles já não estão com fome para lidar com sentimentos como tédio, tristeza, estar cansado ou sentindo ansioso. Mas, ocasionalmente, comer em excesso, comer alimentos não saudáveis ou comer por razões emocionais não é prejudicial ou destrutivo.

O que torna a compulsão alimentar diferente de simplesmente comer demais é que os episódios de compulsão ocorrem com mais frequência e são suficientemente impactantes para interferir na vida, nos relacionamentos e no trabalho de alguém.

Indivíduos que sofrem com transtorno de compulsão alimentar sentem-se frequentemente com vergonha, muitas vezes escondem seus comportamentos ou mentem sobre sua ingestão de alimentos, eles também gastam quantidades anormais de tempo pensando em comer.

As pessoas com problemas de compulsão alimentar podem esperar anos antes de dizerem a alguém o que estão passando. Infelizmente, quanto mais o tempo passa, mais difícil será quebrar o ciclo da compulsão alimentar.

Pesquisas têm demonstrado que a compulsão alimentar é causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e de estilo de vida, incluindo outros transtornos e sintomas mentais, estigma em relação ao peso, dietas frequentes ou restritivas e traumas na infância.

Para ajudar a tratar o transtorno de compulsão alimentar, procure terapia, ajuda profissional e também de familiares e amigos.

Se você está lutando com esse problema, quero que saiba que você não está sozinho. Aqui no site e nas redes sociais nós somos uma corrente do bem, que leva apoio e informação para as pessoas. drjulianopimentel

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